Criado em 1920 pelos engenheiros de Pernambuco Amadei Coimbra, Ernest Boeckmann e Antônio de Góis, o cobogó é um tijolo vazado que carrega diferentes estampas e padrões geométricos. Inspirado nos muxarabis árabes, ele é um elemento de decoração totalmente brasileiro popularizado na década de 60, época em que foi muito utilizado em projetos modernistas e fortemente encontrado em casinhas do norte e nordeste.
Pensado para as necessidades brasileiras
Muito mais do que um elemento decorativo, os cobogós foram criados como uma solução para amenizar o calor nas casas do nordeste, que agregasse também à estética, de forma econômica. Assim, as primeiras versões eram feitas exclusivamente em cimento, material popularmente usado nas construções nacionais.
O tapa buracos ideal
Por serem vazados, os cobogós formam uma divisória sutil, proporcionando luz natural e ventilação aos ambientes sem obstruir a visão dos moradores. Ele é querido por arquitetos principalmente porque resolve questões de cômodos que não possuem janelas, e pode ser usado para separar e integrar espaços ao mesmo tempo.
A estética perfeita aliada à sustentabilidade
Um painel de cobogó é capaz de mudar totalmente a estética dos cômodos, já que brinca com o efeito de luz e proporciona uma nova visão para o ambiente. Quando passa por suas aberturas, a iluminação projeta um padrão de luz e sombra, causando um efeito único, que contribui não só para o paisagismo, mas também para a sustentabilidade, uma vez que permite a entrada de luz solar, dispensando fontes artificiais durante o dia.
Versátil nos materiais e nos desenhos
Atualmente os cobogós são produzidos em diferentes materiais, podendo ser encontrado em vidro, usado para favorecer a passagem de luz; gesso, com um acabamento branco ou colorido; cerâmica, encontrados na cor natural ou com pintura em tinta fosca; madeira, nesse caso sendo utilizados como biombos e painéis móveis; e no formato tradicional em concreto, geralmente instalado em áreas externas.
Na parte de fora de casa
A versatilidade de materiais permite que os cobogós sejam amplamente aplicados em áreas externas, como decorações, divisórias e até mesmo muros em fachadas principais. Grande parte dos projetos costumam utilizá-los como muretas baixas, em varandas mescladas à parede, ou ainda como divisórias para piscinas e jardins.
Oscar Niemeyer e grandes aplicações
Além da aplicação em residências localizadas em regiões de clima quente, os cobogós já fizeram parte de grandes projetos arquitetônicos brasileiros, como a Biblioteca Nacional de Brasília e o Pavilhão Brasileiro de Nova York, projetados por Oscar Niemeyer e o Residencial no Parque Eduardo Guinle, projetado por Lúcio Costa.
Nos cômodos internos
Nos ambientes internos das casas, os cobogós podem substituir paredes inteiras, sendo uma construção sólida na decoração, ou um biombo móvel. Além disso, podem ser usados para delimitar áreas, como uma instalação estreita entre um cômodo e outro.
Cobogós e os jardins de inverno
Os jardins de inverno são decorações que promovem contato com a natureza e uma estética especial para os ambientes internos da casa. Os cobogós agregam muito para esses espaços, uma vez que a parede vazada permite a entrada de ar para as plantas, e serve como prateleira para jardins verticais.
Você vive em uma região quente do Brasil, ou quer trazer uma sensação de amplitude e criar um efeito estético diferenciado na sua casa, acabando com a barreira das paredes? Invista já nos cobogós, o que não faltam são cores, formas e combinações para você escolher a que melhor se adeque ao seu estilo de decoração.