Importante elemento da arquitetura modernista nas décadas de 30 e 40, o brise foi concebido por um arquiteto franco-suíço chamado Le Corbusier. Graças às suas ideias e seu conceito estético moderno, revolucionou o jeito de pensar sobre arquitetura e design de interiores, com trabalhos projetados para garantir funcionalidade e conforto.
Também conhecido como brise-soleil, este elemento é formado por lâminas, podendo ter acabamento liso ou perfurado, posicionamento vertical ou horizontal, modelo fixo ou móvel. Além disso, podem ser metálicos, de madeira ou vegetais e é facilmente encontrado em prédios públicos, comerciais e também em projetos residenciais.
O brise é um elemento que está sendo colocado cada vez mais em projetos de arquitetura, visto que sua função é funcional, indo além da estética. Optar pelo seu uso é ter garantia de reduzir a incidência solar, além de melhorar a ventilação do local e fornece também privacidade, já que as lâminas impedem que as pessoas de fora vejam o que acontece do lado de dentro da construção.
Tipos de brises – seus materiais e posicionamentos
Os brises trazem versatilidade em sua composição. Você pode encontrá-lo de diversas maneiras: horizontais, verticais, fixos ou móveis; de concreto, madeira, vegetal ou metal.
Os de concreto são mais comuns. Foi material mais utilizado quando os brises começaram a ser usados no Brasil, na década de 1930. Por isso, ele é bastante visto, por exemplo, em colégios, universidades e prédios públicos. O brise em concreto tem grande durabilidade e manutenção simples, mas seu conforto térmico é inferior se comparado a outros materiais
Os brises feitos com materiais metálicos, aço-carbono ou alumínio, podem ser fixados na própria estrutura do edifício ou colocados entre placas de vidro e é a opção mais recomendada para edifícios altos, devido sua carga de vento. Além disso, traz facilidade na hora da limpeza e instalação.
Já os de madeira podem ser confeccionados em diversos tipos, como Jatobá, Cedro e Garapeira. É possível utilizar diversos tipos de madeira, inclusive a de demolição, que torna o produto sustentável. As maiores vantagens desse modelo são: o grande conforto térmico que ele proporciona e a sofisticação e beleza que dá à obra. Porém, sua manutenção deve ser constante.
Os brises vegetais não são tão comuns no Brasil. Sua composição conta com suportes na parte externa, onde ficam as plantas. Geralmente, são utilizadas trepadeiras, conduzidas verticalmente por cabos de aço inoxidável fixados com um determinado afastamento da parede. O sistema conta com irrigação e fertilização automatizada, o que possibilita pouca manutenção.
O seu posicionamento também influencia e muito em sua funcionalidade. O brise horizontal é recomendado para locais que recebem luz solar durante todo o dia. Já na vertical é indicado para as fachadas leste e oeste, em que o sol bate durante a manhã e à tarde.
Hoje você encontra projetos com os brises móveis, que possibilita a mudança do ângulo de acordo com a insolação externa. Assim, pode-se adaptar ao período do dia ou intensidade da insolação desejada.
Usar essa técnica em um projeto é ter uma arquitetura diferenciada e eficiente. Para Le Corbusier, funcionalidade é um quesito essencial em um projeto de arquitetura, e os brises cumprem muito bem esse papel.